quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

COOTARDE se compromete a regularizar situação salarial de rodoviários em até 13 dias

A Cooperativa de Transportes do Distrito Federal (COOTARDE) – que atua em Ceilândia, Santa Maria, Brazlândia, Riacho Fundo e Taguatinga – se comprometeu a regularizar a situação salarial de seus empregados no prazo máximo de 13 dias, desde que os trabalhadores em greve desde o dia 4 de janeiro retornem ao trabalho. A negociação aconteceu na manhã desta segunda-feira (16), na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), em Brasília, durante a audiência de conciliação designada para tratar do dissídio coletivo de greve suscitado pela COOTARDE contra o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros Urbanos, Interestaduais, Especiais, Escolares, Turismo e de Carga no DF (SITTRATER-DF).
Apesar disso, as partes não entraram em acordo com relação aos demais pontos de divergência no processo. O SITTRATER-DF pediu um prazo de 48 horas para realizar uma assembleia para tratar da proposta apresentada pela COOTARDE. Além disso, o presidente do TRT10, desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran – que conduziu as negociações – decidiu oficiar o DFTRANS solicitando informação, no prazo de 72 horas, a respeito da quitação dos repasses feitos pelo órgão à Cooperativa, e também saber se há irregularidade nos veículos utilizados pela COORTARDE. O magistrado determinou ainda a expedição de mandado para verificação do cumprimento da liminar que obrigou a circulação de 40% dos veículos que usualmente operam nas linhas cobertas pela Cooperativa durante a greve dos trabalhadores.
Os trabalhadores alegam que estão com salários, tíquetes e décimo terceiro de dezembro de 2016 atrasados. Segundo o SITTRATER-DF, a COOTARDE não depositou o FGTS e não recolheu o INSS dos empregados. A entidade denunciou ainda a contratação de trabalhadores de forma irregular, sem assinatura da CTPS e com férias vencidas, bem como a disponibilização de veículos que não oferecem segurança aos trabalhadores e aos usuários. Já a Cooperativa sustenta que a greve não foi motivada por controvérsias decorrentes da relação de trabalho, mas sim pelo inconformismo do SITTRATER-DF com a vinculação dos seus empregados celetistas à outro ente sindical.
Na tentativa de solucionar o impasse, uma nova audiência de conciliação foi marcada para o dia 1º de fevereiro, às 10 horas.
Fonte: Bianca Nascimento e Isis Carmo/TRT10
Processo nº 0000003-58.2017.5.10.0000 (PJe-JT)

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